Fim do Primeiro Ato

Pois bem, ontem terminaram as aulas do ano de 2006. Agora só em 2007. Famoso momento balanço.

A Pompeu já não me parece Hogwarts. Claro que tem umas coisas fenomenais tipo um estudio de gravação fodão, HDVs, estudio de filmagem, um computador por aluno com tela fininha na sala de aula, etc. Mas tem um monte de problemas. Esse curso que eles querem dar em um ano deveria levar dois. É muita coisa! Acabamos nao aprofundando nada. Em fevereiro passamos às materias especificas que cada um vai eleger. Estou já bastante tensa sem saber o que escolher (pois eu, como boa Maíra Sala, quero fazer tudo, claro). Não sei como se dará esse passo a certas coisas.

Quero sair do curso pelo menos sabendo programar. Alguma coisa além de bolinhas que batem e voltam. Agora entramos no flash, abandonando o Processing, que eu já gostava tanto (mas que quero dar mais uma pesquisada e aprendida). Vamos ver do que esse tal Flash que tanto falam é capaz.

Ainda não faço a mais vaga ideia de que farei como projeto final do master. Argh!

O que fico pensando é o que farei quando sair do curso. Que tipo de trabalho eu posso procurar... No Brasil, me parece que toda essa parte de cenarios interativos, de interação em espetáculos ainda está muito embrionária. Aqui tem demais. Fico pensando que é um bom nicho para trabalhar por ai. Trabalhar com cenários, que eu amo, com toda essa parafernalha que estou aprendendo e nao tem tanta gente fazendo. Nao sei, vamos ver.

Em breve vamos aprender interfaces fisicas. Hmmm.... Sensores, motores, etc... Que legal... Tô louca pra fazer essas paradas!

Enfim, vamos ver 2007 como vai ser. Que se clareiem as coisas! Que se dissipe a neblina!

Portugal

Pois entonces fomos ao festival do Américo em Santa Maria da Feira. O Américo é um português que gosta de filmes Brasileiros e consegue dinheiro a 10 anos pra fazer um festival na cidade dele, Santa Maria da Feira, que fica ao lado da cidade do Porto em Portugal e consegue, ainda por cima, dinheiro pra levar os brasileiros todos ao festival. Nós, fomos sem filme algum só passear, reencontrar os amigos e claro, ver filmes. Vários que eu já tinha visto, inclusive.

Gostei demais da conta do “Céu de Suely”. Nossa, que filme bom. Todos saíram da sessão tocados, ou pelo menos assim pareceu. Desses filmes que você sai e gostou do filme, depois pensa e gosta mais e no dia seguinte você ama o filme. Só amo filmes que passaram por esse processo. Difícil pensar num filme que eu tenha saído da sessão já apaixonada. Ou pelo menos as paixões mais arrebatadoras tiveram esse percurso.

Os curtas, na verdade já tinha visto vários. O filme do Felipe (O Jonas e a Baleia) me gustó más assim em 35mm (antes eu tinha visto em vídeo, pois ele acaba de fazer o transfer). O Joyce, um filme que tinha visto na mostra de curtas de São Paulo esse ano é outro filme que eu gosto muito. Só tem uma coisa que eu não gosto, que é o fato de haverem dois planos mostrando a cara do rapaz mais velho que rejeita a protagonista de 12 anos rindo da carta da menina. Acho redundante e feio, e não combina tão bem com o resto da narrativa do filme que é muito bacana. Um filme novo foi o “Beijo de Sal” que ainda não conhecia, gostei, principalmente do ator (não-ator).

Mas no fim das contas o que ficou comigo mesmo foi o “Céu” da menina mesmo. Só tem uma coisa que eu achei que o filme deixou a desejar. O personagem do namorado-motoboy da protagonista. Não sei, achei ele pobre, mal desenvolvido. Uma necessidade de roteiro, personagem elaborado sem o menor amor, e que destoa do resto, nesse sentido.

Foi um pouco estranho encontrar tantas pessoas conhecidas por lá. Não sei, deu uma ziquezira na minha cabeça. Como se eu tivesse voltado ao Rio e o cotidiano que agora me rodeia tivesse já se tornado algo concreto, específico e pontual na totalidade da minha vida. Sensação estranha, que ao submergir no meio/mundo Barcelona-Master se esvaiu. Não que não tenha sido bom rever amigos, isso é fato dado.

O Porto é uma cidade linda e Portugal é um país lindo! As senhoras portuguesas são todas umas figuras cheias de vontade de conversar e histórias pra contar. Fomos a um par de cidadezinhas históricas por lá (o que não é histórico no país mais velho do mundo?) e era tudo muito encantador. Pena estar fazendo tanto frio.

Viajar é mesmo ótimo. Mas a dor na consciência de não estar adiantando trabalhos e leituras é grande.

Bom, no fim das contas aqui começa a fazer um friozinho mais respeitável (as vezes faz 9 graus) e já compramos uma estufa. Continuo querendo aprender a programar direito, pois os programadores sao os novos jedis, juntamente com os engenheiros de telecomunicações e o povo de ciências cognitivas, é claro. Juntando essas três coisas você faz o que quiser. Isso partindo partindo do pressuposto de que a arte está inerente na vontade de fazer qualquer coisa interessante. E que o artista hoje tem que ser mais do que só artista, tem que saber programar sua arte ou manipular o seja lá o que for. Só entender de narrativa/ estética/ ritmo é pouco.

Album Portugal

Interlaced

Esse foi o segundo vídeo que a gente fez. Apresentamos ontem na aula. Foi um bebe com uma cabeça enorme e enormes quadris, difícil de parir. Mas gostei do resultado.

belén

Esse foi o primeiro vídeo que eu fiz no Master. Fiz com o Fábo e o Eduardo, dois brasileiros amigos da turma. Amei esse esquema de poder por o video aqui diretamente. Muito bom!

Fiesta

Ayer foi a festa de cumpleaños do Bruno e da Orit. O cumple do Bruno mesmo é só dia 08/12, mas a festa conjuunta foi ontem na UP ou Miles de Viviendas.

Miles de viviendas/ Universidad Pirata - Orit

A Orit é uma amiga do Bruno, que estudou na NYU com ele, há alguns anos atrás. Os dois vieram fazer um projeto de pesquisa aqui em Barcelona depois do curso deles justamente na minha faculdade, a Pompeu Fabra. Bom, daqu a Orit já nao saiu. Ela é israelense e mora num ocupe em Barceloneta, um bairro fofo, com praia, aqui em Barcelona. No começo a gente caia lá quando queria sair em Barcelona. Tem uns 8 apartamentos e uma vista maravilhosa para a Marina de Barcelona.

Pois essa galera começou agora com a ideia de fazer uma universidade pirata. Consiste em alguns cursos os quais ministram amigos, moradores e outras pessoas que apresentarem ideias bacanas de cursos. Tem que ser vinculado com a ideia de pirata. De apropiaçao das coisas e tal. É muito interesasnte. O Bruno e a Orit estao dando um curso que se chama "interferencia", que é de proframaçao de chips (mini-eletronica) e como aplicar isso em interferencias urbanas, coisas que incomodem. A ideia é todos da turma investigarem juntos o que são as coisas e todos crescerem juntos para no final fazermos alguma intereferencia urbana com essa tecnologia. O lance é que eu volta e meia tenho uma aula na sexta feira e daí nao dá pra ir a aula. Mas vamos ver se tem uma soluçao.

Pois bem a festa foi lá ontem, na Universidade Pirata/Miles de Viviendas (o nome do ocupe enquanto residencia). Que festa mais legal, cara! Foi muuuuito divertida! Tinha tempos que nao me divertia tanto! Foram várias pessoas do master, a galera de lá do ocupe e mais sei lá quem. Teve karaoke. Eu achei que ia ser caidasso parar a musica pra por karaoke, mas foi hilário, todo mundo cantando junto, dançando... Ri, dancei, bebi e me acabei...

A única parada caída foi que minha jaqueta desapareceu. E é tipo minha unica jaqueta de frio. Hoje vou sair pra compar outra. Tomara que apareça, que alguém tenha pego por engano e nao de má fé...

Os amigos do Master são ótimos! Pessoas criativas e simpaticas com as quais quero trabahar.
Enfim, em suma, está tudo indo bem!